Perda. Nada dói como a sensação de perder algo. Perder quem se ama, algo que se adora, locais, amizades, amores. O que seria da gente se não fosse a saudade de alguém que se amou, dos amigos que estão longe, de sua família que mora em outra cidade. Mas o que é a saudade se não uma variação do próprio sentimento da perda?
“I Miss You”. Eu sinto sua falta. A expressão em inglês que mais se aproxima do significado da palavra “saudade”. E o que está mais ligado a perda do que a falta? É quase impossível negar que cometemos erros, perdemos pessoas, coisas, sentimentos dos quais sentimos falta, coisas pelas quais sacrificaríamos toda a felicidade do mundo só pra poder saborear mais uma mísera vez.
Muitas vezes sonhamos com coisas que nunca teremos, pessoas que amamos uma vez, mas que por azar ou pelo simples andamento da vida tivemos que deixar de lado, pessoas estas que sempre, querendo ou não, estarão em nossos corações, amores que não são esquecidos, que deixam suas marcas profundamente em nossos peitos.
A simples sensação de “perder” essas coisas é horrível. A melancolia que por vezes se abate sobre nós junto com a saudade, as lembranças, muitas vezes boas, que despertam uma reação qualquer em nossas sem faces sem que percebamos, a tristeza que pode vir junto com as memórias de erros que cometemos.
Não adianta se ressentir do que aconteceu e se foi. As pessoas morrem, vão embora. As pessoas sempre vão embora. Os sentimentos não são eternos, namoros acabam. Assim como os casamentos, as amizades. Nada dura eternamente e é preciso aprender a lidar com toda a confusão que vem com essas mudanças, com essas perdas. Perder leva a evoluir. Perder nos faz lembrar que a efemeridade da vida é o que da graça a ela.