Another Girl, Another Planet

Eles eram melhores amigos. Não havia duvidas que por trás das várias discussões que eles tinham só o que realmente havia era preocupação, vontade de ver o outro bem, feliz. E um pouco de ciúmes.
Ela era uma garota fantástica. Por mais que a primeira vista pudesse parecer enjoada, ela não era. Por mais que as relações entre os seres humanos sejam construídas a partir das primeiras impressões, ele praticamente só ganhou ao ignorar tais impressões.
Aquela alma de menina, de criança na verdade, toda a felicidade que ela conseguia ter por piores que fossem as coisas que acontecessem com ela, toda a capacidade de superar tudo o que aparecia para atrapalhar o seu caminho, tudo fazia parte do que a tornava tão especial.
A forma como ela conseguiu o fazer levantar depois de uma das maiores quedas que alguém poderia ter, como nunca deixou de ajudá-lo mesmo quando ele parecia não querer. A insistência em ampará-lo mesmo que ele a magoasse com palavras que ele mesmo parecia não entender porque dizia. Tudo isso fazia parte dos diversos motivos pelos quais ela se tornou tão fundamental para ele.
Ela mesma precisara de ajuda. Algo que parecia de certa forma insuperável, algo que a fez perder as esperanças, algo que a fez perder o chão. Mas ela conseguiu se recuperar. Era uma mulher forte por trás da mascara de criança frágil que construiu. Precisava de alguém para ajudar quando nem mesmo sua força fosse suficiente para reerguê-la. E ele estava lá.
Como o melhor amigo que ele acabou se tornando, achou alguém talvez mais capaz de fazer com que o buraco no peito dela fechasse. Foi então que ele apareceu. “Amigo” de seu melhor amigo, a cura da qual ela tanto precisava.
Algo que começou quase como uma brincadeira acabou crescendo absurdamente. Mesmo que eles tenham ficado semanas sem se verem, aquilo que havia no peito dos dois só fez crescer. Um sentimento completamente inesperado, mas indescritivelmente importante.
Ela que após o que acontecera dias antes parecia irreversivelmente machucada, acabou encontrando nos braços de outra pessoa algo capaz de fazer cicatrizar a ferida que ficou aberta em seu peito.
Por mais que seu melhor amigo continuasse preocupado, e os dois discutissem cada vez mais, ela ficaria bem. Uma menina linda, forte, feliz, com uma voz doce, sorriso e olhos encantadores, com um jeito de ser que variava do de uma menina mimada ao de um menino viciado em vídeo games, tudo a tornava peculiar. Essencialmente diferente, mas ainda melhor.
Ela merecia toda a felicidade do mundo, tudo o que de bom pudesse acontecer a ela, especialmente depois de tudo pelo que teve que passar. Ele sabia disso, e por mais que não pudesse evitar seus ciúmes, ele seria capaz de simplesmente ignorá-lo, superar tudo, simplesmente para vê-la feliz, e não importava se ela ainda o considerasse como um irmão ou seu melhor amigo, por tanto que ela ainda sorrisse para ele sempre estivessem próximos.

1 comentários:

  Unknown

6 de fevereiro de 2009 às 12:48

*-*
I LOVE U MY BROTHER!